terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Milla:
   Aquela carapaça criada de imediato se desfez e deu vez a tudo. E quando digo tudo é tudo. Resumindo… a mess. E então é só sentir aqueles braços num abraço delicadamente forte e sem jeito e aqueles olhos indecifráveis para que eu tenha medo de não ter mais controle dos meus sentimentos. E então é só coincidir meu olhar com aquele outro para que esse medo suma. Quando começo a me acostumar com o marasmo, ondas imensas se formam dentro de mim. Encontro-me com vontade de beijo e com aversão à tristeza, sem saber o que dizer e mesmo assim querendo dizer muito. Querendo um mundo, ou só aquela atenção. Não sei se tem futuro, nem tão pouco se vale a pena cultivar esse protótipo de… de alguma coisa, esse ensaio para um possível amor arrebatador ou então mais uma desilusão no mundo dos meros mortais ou até mesmo um nada. Um nada cheio de tudo. Porém tenho certeza da minha vontade de ser mais desencanada, talvez descolada. De deixar as coisas irem acontecendo, sem mais nem meio mais, sem planos muito desmembrados, sem mãos dadas muito certinhas.
“As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas. Temos que nos bastar, nos bastar sempre, e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam, não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.”
Mário Quintana

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